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Lit. Nacional

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Lit. Nacional

Recordações do escrivão Isaías Caminha

Lit. Nacional
R$35.00
COD: 9788577433704
Esse primeiro romance de Lima Barreto, embora publicado em 1909, recoloca com vitalidade crítica o tema ainda atual do racismo no Brasil. O autor, militante anarquista e socialista, trava o combate a esse tipo de ideologia de dominação por meio da análise madura de um escrivão sobre os incontáveis mecanismos cotidianos de controle social que impediram seu ingresso na universidade e nas destacadas atividades intelectuais. As memórias de Isaías estão marcadas pelo tom ácido da crítica sobre a demarcação social dos espaços de dominação, como nos regimes de apartheid, e pelo tom sincero no relato das dores físicas e psicológicas: “(…) sendo verdadeiras as suas observações, a sentença geral que tirava, não estava em nós, na nossa carne e no nosso sangue, mas fora de nós, na sociedade que nos cercava, as causas de tão feios fins de tão belos começos”. Lima Barreto avança na batalha ideológica, com Recordações do escrivão Isaías Caminha, ao demonstrar como o racismo está instalado nas instituições brasileiras, seja na família, na Igreja, na escola, nas Forças Armadas, no parlamento, na justiça, na burocracia estatal, nas empresas, e, especialmente na mídia. Na redação de O Globo, Lima Barreto retira com maestria e grande humor o véu da ideologia da dominação ao descrever as atividades rotineiras dos “grandes gênios” da imprensa burguesa e os lucrativos negócios da produção e venda de notícias: “Era a imprensa, a Onipotente Imprensa, quarto poder fora da Constituição”. Com prefácio de Irenísia Torres de Oliveira (professora do departamento de Literatura e pós-graduação em História da UFC, e vice-presidente da ADUFC) e posfácio de Adelaide Gonçalves (professora titular do departamento de história da UFC), Recordações do escrivão Isaías Caminha é contextualizado no debate atual sobre justiça e reparação social nas universidades brasileiras, como obra que na atualidade possa servir aos/às estudantes e professores/as, para a reflexão sobre a necessidade da defesa da educação pública, das cotas educacionais, do ensino da história afro-brasileira e da criação da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (Unilab), entre outras medidas. Autor: Lima Barreto (org.) Número de páginas: 311 Editora: Expressão Popular

Aves da noite, As. Visitante, O. Teatro comp. Vol.1

Lit. Nacional
R$22.90
COD: 9788525437617
As oito peças de Hilda Hilst (1930-2004), escritas de 1967 a 1969, marcam uma virada. São os primeiros frutos do recolhimento da artista no interior de São Paulo, onde passou a se dedicar somente à literatura, e fazem uma ponte entre sua primeira fase, dedicada à poesia, e o período que se iniciaria em 1970, com a produção de prosa ficcional. Mas continuam presentes em sua obra dramática temas como a morte e a solidão inescapável do ser humano. Em “O visitante”, de 1968, peça altamente simbólica, temos uma atmosfera bíblico-familiar, em que se dá uma disputa entre mãe e filha, que competem pela atenção dos personagens mas­culinos. “As aves da noite”, do mesmo ano, parte de um fato his­tórico: em 1941, no campo de extermínio nazista de Auschwitz, após a fuga de um prisioneiro, os guardas da SS condenaram um grupo de cativos a morrer de inanição, numa cela. Um deles começou a chorar, e o padre Maximilian Kolbe, também pre­so, se ofereceu para tomar seu lugar. O que Hilda encena são os últimos momentos desses prisioneiros no “porão da fome”, num texto pungente que toca o que há de mais profundamente humano em nós. ​“Há, em Hilda Hilst, uma recusa do outro e, ao mesmo tempo, a vontade de se ‘despejar’ nele, de nele encontrar algo de si mesma.” - Anatol Rosenfeld Hilda Hilst Ensaio biobibliográfico de Leusa Araújo Apresentação de Carlos Eduardo dos Santos Zago Editora: L&PM Páginas:

Contos escolhidos

Lit. Nacional
R$7.00
R$10.00

Histórias de leves enganos e parecenças

Lit. Nacional
R$35.00
COD: 9788592736002
Conceição Evaristo, escritora mineira, poetisa, romancista e contista nos oferece um livro inovador com doze contos e uma novela, nesses tempos de conturbação política, à beira de um inesperado retrocesso das conquistas sociais no Brasil. Dizemos inovador porque, mesmo que se comprove a existência de elementos discursivos recorrentes nos livros anteriores, em Histórias de leves enganos e parecenças, Conceição toma a decisão de percorrer a seara do insólito, do estranho e do imprevisível. . Autora: Conceição Evaristo Editora: Malê Páginas: 106

Histórias de mistério

Lit. Nacional
R$22.00
[Seminovo]. Voltada para o público adolescente, a coletânea organizada pela jornalista Rosa Amanda Strausz enfatiza o poder que tem a imaginação, em textos literários, de mergulhar no desconhecido. Assim, nos seis contos reunidos em Histórias de mistério, os personagens parecem presos a papéis trágicos: presos ao destino em cuja direção os fatos avançam inexoravelmente. Só que a força que os empurra não vem de fora, não decorre da decisão arbitrária de uma divindade todo-poderosa. Ela nasce de acontecimentos que vitimaram os próprios protagonistas: basicamente, de situações de perda. Perda de pessoas amadas, perda da segurança da família, perda de um sonho querido. Em Fagundes Telles, a mais terrível de todas as perdas é a perda do amor. Para a autora, o fim do amor abre uma fissura na realidade por onde se introduzem as forças às vezes terríveis que nos habitam e que não conhecemos plenamente. Elas desencadeiam fatos que roçam o extraordinário, o inexplicável, fatos que introduzem novos estágios na vida de seus atores e que por isso podem ser vistos como ocasiões de amadurecimento: diante da dor e da perda, é preciso reorganizar-se para prosseguir. Autora: Lygia Fagundes Telles Editora Seguinte

Memórias póstumas de Brás Cubas

Lit. Nacional
R$15.00
Em 1881, Machado de Assis lançou aquele que seria um divisor de águas não só em sua obra, mas na literatura brasileira: Memórias póstumas de Brás Cubas. Ao mesmo tempo em que marca a fase mais madura do autor, o livro é considerado a transição do romantismo para o realismo. Num primeiro momento, a prosa fragmentária e livre de Memórias póstumas, misturando elegância e abuso, refinamento e humor negro, causou estranheza, inclusive entre a crítica. Com o tempo, no entanto, o defunto autor que dedica sua obra ao verme que primeiro roeu as frias carnes de seu cadáver tornou-se um dos personagens mais populares da nossa literatura.

Morte e a morte de Quincas Berro D'água, A

Lit. Nacional
R$20.00
R$25.00
COD: 9788535911831
[Conservação: Livro em estado de novo.] "Saí da leitura dessa extraordinária novela [...] com a mesma sensação que tive, e que nunca mais se repetiu, ao ler os grandes romances e novelas dos mestres russos do século XIX", declarou Vinícius de Moraes. Escrita em 1959, esta pequena obra-prima de concisão narrativa e poética é tida por muitos como uma das mais admiráveis novelas da nossa língua. Numa prosa inebriante, que tangecia o fantástico sem perder o olhar aguçado para as particularidades da sociedade baiana, Jorge Amado narra a história das várias mortes de Joaquim Soares da Cunha, vulgo Quincas Berro Dágua, cidadão exemplar que a certa altura da vida decide abandonar a família e a reputação ilibada para juntar-se à malandragem da cidade. Algum tempo depois, Quincas é encontrado sem vida em seu quarto imundo. Sua avergonhada família tenta restituir-lhe a compostura, vesti-lo e enterrá-lo com decência; mas, no velório, os amigos de copo e farra dão-lhe cachaça, despem-no dos trajes formais e fazem-no voltar a ser o bom e velho Quincas. Levado ao pelourinho, o finado joga capoeira, abraça meretrizes, canta, ri e segue a farra em direção à sua segunda e apoteótica morte. Um caderno de imagens traz fotos e ilustrações ligadas ao livro. . Autor: Jorge Amado Editora: Companhia das Letras Páginas: 160

Olhos de azeviche

Lit. Nacional
R$35.00
COD: 9788592736071
A coletânea Olhos de azeviche traz dez escritoras que estão renovando a literatura brasileira, cuja escrita apresentamos mobilizados por reduzir o abismo que ainda há entre a quantidade e a diversidade das escritoras negras brasileiras contemporâneas e os espaços de divulgação e circulação dos seus textos. A obra representa mais um movimento da Editora Malê para incrementar a visibilidade das escritoras e dos escritores da literatura negra (negro-brasileira/afro-brasileira), propondo que a literatura se enriqueça em diversidade cultural. Apresentamos no livro uma seleção com um marco temporal (final da década de 1970) em que se destacam, em 1979, o lançamento do livro O terceiro filho, de Geni Guimarães, e os movimentos negros de resistência e produção literária, dos quais o coletivo Quilombhoje é o grande representante. Nossa seleção vai até a atualidade, finalizando com uma autora que ainda não participou de nenhuma publicação impressa, mas divulga seus textos em blogs: Taís Espírito Santo. O que se pretende com esta obra é apresentar as possibilidades inéditas ou ainda pouco exploradas de apropriação da literatura, com vistas à construção de um universo literário mediado pelas experiências de mulheres negras e suas subjetividades. Considerou-se, também, o fato de que todas continuam escrevendo, atuantes, renovando a literatura brasileira. Renovando por colaborar para enriquecer o imaginário social brasileiro sobre quem faz literatura no Brasil, por combater estereótipos, por inspirar os debates e estudos sobre a visibilidade das autoras negras no mercado editorial e, principalmente, por oferecer ótimos textos literários, envolventes e prazerosos de ler. São textos com qualidades artísticas e visões de mundo que despertam, de forma positiva, os leitores para a representatividade das escritoras negras, cujo trabalho, surpreendentemente, ainda é pouco divulgado no meio cultural. As escritoras que estão neste livro renovam a literatura brasileira graças às formas criativas e independentes por meio das quais criam e promovem suas obras e, especialmente, porque o olhar azeviche destas autoras para o mundo, expresso na literatura negro-brasileira que produzem, traz um ponto de vista, uma perspectiva, um sentimento e uma inteligência que merecem ser mais disseminados e respeitados pelo mercado editorial brasileiro. . Autoras: Ana Paula Lisboa, Cidinha da Silva, Conceição Evaristo, Cristiane Sobral, Esmeralda Ribeiro, Fátima Trinchão, Geni Guimarães, Lia Vieira, Miriam Alves, Taís Espírito Santo. Organização: Vagner Amaro Editora: Malê Páginas: 152

Quem conta um conto e outros contos

Lit. Nacional
R$7.00
R$10.00
Um homem que tem o estranho prazer de torturar ratos, e encara a morte da mulher com a mesma satisfação; uma mulher tão obcecada em esconder a idade que impede a filha de se casar; um afortunado compositor de melodias populares que deseja desesperadamente escrever música clássica; um rapazinho de quinze anos que se deixa empolgar pela visão dos braços de uma mulher mais velha... Essas são algumas das situações e personagens desta nova antologia de contos de Machado de Assis, que inclui textos famosos mas também escolhas mais inusitadas, além de uma apresentação convidativa e de notas esclarecedoras. Seja você um aficionado pela obra de Machado ou apenas um entusiasta da boa literatura, a amplitude e sutileza desses escritos, o prazer que se extrai da maneira como as histórias são contadas e da observação de pequenos detalhes vão fazê-lo ler, reler e redescobrir um dos maiores escritores brasileiros. Carlos Drummond de Andrade dizia que ler Machado era uma tentação permanente, quase como um vício a que tivesse de resistir: não há melhor lugar para se dedicar a esse vício do que este livro.
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